Castro quando criado por Cristo fora, e, sentenciado como instrumento
e anjo parteiro da mulher literária engravidada que estava dos trigêmeos filhos:
a calma Poesia, a conversadeira Prosa e o
romântico Poema.
Subtextualmente recebera com essa mesma vida e dom de
destino à determinada, única e inegociável designação e enérgico-branda ordem.
Destinada essa que fora do mesmo e único, criador das crias e das criaturas.
- Castro Alves filho de criação minha...
Que teus pensamentos jamais venham a: navegar pelos oceanos
do inconformismo, da ingratidão, do re-ativismo, da injustiça, da soberba, da avareza,
do irracional e das glorias que as agonias ceifam, e que da vida a morte tira e
mata...
- Castro Alves filho de criação minha...
Que jamais tuas palavras venham a: professar, proferir,
poetizar e até polemizar aquilo que possibilite a castração daquilo que geri e
sugeri o contemplativo das solidárias missões dos altruístas homens...
- Castro Alves filho de criação minha...
Que jamais teus abraços sejam alheios ao acolhimento
daqueles que sofrem as perseguições dos que - não por vontade minha e sim para
com minha tristeza e dor - verteram-se pelas trilhas daquele que mesmo caído do
céu... Anjo foi e ainda o é.
- Castro Alves filho de criação minha...
Que jamais alimentos venham a alimentar teu corpo sem que
antes sejam eles divididos para com aqueles pedintes, famintos, sedentos e
carentes que colocarei em teus caminhos e não para sofrerem e sim para que
fortaleçam eles, pelas necessidades deles, tua fé.
- Castro Alves filho
de criação minha...
Que jamais tua integridade de caráter possa vir a ser infectada,
violada, tentada, atentada e unida, por consentimento ou omissão, por aqueles que: perseguem, discriminam, cerceiam,
julgam e prejulgam filhos meus em razão
de suas interpretações e convicções de vida, suas crenças, seus credos, suas
etnias, seus anseios e principalmente suas liberdades.
- Castro Alves filho
de criação minha...
Que jamais te falte um estimulo verbal ou interpretação
gestual que, também, tua inspiração faça brotar nos lábios da criança, do
ancião e daqueles que me buscam e te encontram primeiro... Sorrisos
dimensionados em claridade, verdade, leveza, e, pincelados em cores, tonais,
matizes e nuance sutil como as alegrias flagrantes nas Bandeirinhas de Alfred
Volpi.
- Castro Alves filho de criação minha...
Que jamais teus ouvidos distanciem-se dos grandes concertos regidos
pela maestria natureza mãe onde um coral de pássaros, cachoeiras, arrebentações
de águas espumantes, a farra das gotas das chuvas, dos agudos graves sons dos
raios e trovões, do relinchar, do latir, do miar e do mugir dos quadrúpedes
meus.
- Castro Alves filho de criação minha...
Que jamais teu comportamento para com as mulheres que
trilharão teus caminhos venha a sofrer o rudimentar e canalha choque do
imprudente machismo plural, e, que quando tuas mãos nas mãos delas tocar que fique
o rastro perfume do respeito maior que lhe lego como meu cavalheiro que -
também - o és.
- Castro Alves filho de criação minha...
Que jamais o esquecimento negligente paire no inexistente
desastre de suas dúvidas, quanto ao seu compromisso de ser – enquanto vida lhe houver
– o poeta dos escravos e da liberdade deles. Pois, sempre terás minha benção e
cumplicidade para com todas as suas inquietações e causas.
- Castro Alves filho de criação minha...
Que jamais tuas mãos venham empunhar instrumentos outros que
não sejam aqueles que tragam como sina tua, o de prover, promover, e, sem o leviano
prometer. O amor racional da incondicional emoção plural e pragmática... A
pena, a tinta e o papel.
- Castro Alves filho de criação minha...
Os instrumentos que fundarão, inspirarão, produzirão,
alicerçarão e propagarão pelo meu e agora, também, teu mundo... O belo o
sublime o inatingível tangível.
Portanto... Te Castro, meu Castro filho, de tudo aquilo que
meus filhos, outros, não poderão jamais ser castrados... Da Liberdade, Do Amor
Incondicional e de Tua mão quando portando uma pena. Leve-lhes acalanto
plural... E essa é tua - literalmente – PENA !!!
Cecél Garcia
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