quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

CRISTO CASTROU CASTRO

Castro quando criado por Cristo fora, e, sentenciado como instrumento e anjo parteiro da mulher literária engravidada que estava dos trigêmeos filhos: a calma Poesia, a conversadeira  Prosa e o romântico Poema.

Subtextualmente recebera com essa mesma vida e dom de destino à determinada, única e inegociável designação e enérgico-branda ordem. Destinada essa que fora do mesmo e único, criador das crias e das criaturas.  

- Castro Alves filho de criação minha...

Que teus pensamentos jamais venham a: navegar pelos oceanos do inconformismo, da ingratidão, do re-ativismo, da injustiça, da soberba, da avareza, do irracional e das glorias que as agonias ceifam, e que da vida a morte tira e mata...

- Castro Alves filho de criação minha...

Que jamais tuas palavras venham a: professar, proferir, poetizar e até polemizar aquilo que possibilite a castração daquilo que geri e sugeri o contemplativo das solidárias missões dos altruístas homens...

- Castro Alves filho de criação minha...

Que jamais teus abraços sejam alheios ao acolhimento daqueles que sofrem as perseguições dos que - não por vontade minha e sim para com minha tristeza e dor - verteram-se pelas trilhas daquele que mesmo caído do céu... Anjo foi e ainda o é.

- Castro Alves filho de criação minha...

Que jamais alimentos venham a alimentar teu corpo sem que antes sejam eles divididos para com aqueles pedintes, famintos, sedentos e carentes que colocarei em teus caminhos e não para sofrerem e sim para que fortaleçam eles, pelas necessidades deles, tua fé.

 - Castro Alves filho de criação minha...

Que jamais tua integridade de caráter possa vir a ser infectada, violada, tentada, atentada e unida, por consentimento ou omissão,  por aqueles que: perseguem, discriminam, cerceiam,  julgam e prejulgam filhos meus em razão de suas interpretações e convicções de vida, suas crenças, seus credos, suas etnias, seus anseios e principalmente suas liberdades.

 - Castro Alves filho de criação minha...

Que jamais te falte um estimulo verbal ou interpretação gestual que, também, tua inspiração faça brotar nos lábios da criança, do ancião e daqueles que me buscam e te encontram primeiro... Sorrisos dimensionados em claridade, verdade, leveza, e, pincelados em cores, tonais, matizes e nuance sutil como as alegrias flagrantes nas Bandeirinhas de Alfred Volpi.

- Castro Alves filho de criação minha...

Que jamais teus ouvidos distanciem-se dos grandes concertos regidos pela maestria natureza mãe onde um coral de pássaros, cachoeiras, arrebentações de águas espumantes, a farra das gotas das chuvas, dos agudos graves sons dos raios e trovões, do relinchar, do latir, do miar e do mugir dos quadrúpedes meus.

- Castro Alves filho de criação minha...

Que jamais teu comportamento para com as mulheres que trilharão teus caminhos venha a sofrer o rudimentar e canalha choque do imprudente machismo plural, e, que quando tuas mãos nas mãos delas tocar que fique o rastro perfume do respeito maior que lhe lego como meu cavalheiro que - também - o és.

- Castro Alves filho de criação minha...

Que jamais o esquecimento negligente paire no inexistente desastre de suas dúvidas, quanto ao seu compromisso de ser – enquanto vida lhe houver – o poeta dos escravos e da liberdade deles. Pois, sempre terás minha benção e cumplicidade para com todas as suas inquietações e causas.

- Castro Alves filho de criação minha...

Que jamais tuas mãos venham empunhar instrumentos outros que não sejam aqueles que tragam como sina tua, o de prover, promover, e, sem o leviano prometer. O amor racional da incondicional emoção plural e pragmática... A pena, a tinta e o papel.

- Castro Alves filho de criação minha...

Os instrumentos que fundarão, inspirarão, produzirão, alicerçarão e propagarão pelo meu e agora, também, teu mundo... O belo o sublime o inatingível tangível.

Portanto... Te Castro, meu Castro filho, de tudo aquilo que meus filhos, outros, não poderão jamais ser castrados... Da Liberdade, Do Amor Incondicional e de Tua mão quando portando uma pena. Leve-lhes acalanto plural... E essa é tua - literalmente – PENA !!!  

Cecél Garcia   

Nenhum comentário:

Postar um comentário