Acadêmica
em jornalismo, escritora e devota do único “Santo Vivo e Ateu” do planeta Terra...
São Aristides Theodoro. Santo esse literário,
crítico e escritor, de pele noite, que fora canonizado - também - pelas cores, telas,
traços e pincéis da papisa do belo, Neli Maria Vieira.
Engana-se, se engana ou se engana-se, aquele
(a) - racional ou irracional - animal que ingênua e involuntariamente acredita
ou comete engano ledo de interpretar que...
“Esta Valsa é Nossa” trata-se
de um livro mera, pura e simplesmente.
Podemos
compreender, com mais e maior clareza, se compararmos (por atrevimento confesso)
estas páginas letradas por Iracema como uma célula
humana que tem e traz em sua formação básica, três divisões prioritárias:
citoplasma, membrana e núcleo.
A Membrana envolve e protege a célula, assim como Iracema nos envolve com
uma didática compreensiva e purista, flagrada, nas suas escritas, pré-intenções
e intenções, e, nos protege quando não nos permite pecar, imperdoavelmente, se
tentássemos esquecer: citações, arte e artistas plásticos, poetas, poetizas,
contistas, escritores (as) implícitos em sua obra.
O Citoplasma preenche todo o corpo da célula, assim como Iracema Mendes nos
preenche o lago de nossas emoções, com as águas da sua paixão, paixão por
aqueles que teimosa e incansavelmente, insiste em transformar esse mundo de
loucos e loucuras em um horizonte, não mais perdido, e, sim achado.
E o Núcleo que coordena a funcionalidade da célula, assim como Iracema Mendes Régis paradigma daquelas imortais e “brasilianeiras” mulheres
rendeiras fazem com a arte de suas mãos, e, com o brejeiro cantar de suas
canções.
Esta escritora do irresistível e da observação do impecável conto e da
poesia cristalina nos traz uma coordenação funcional quando - inutilmente -
tentamos dar uma pausa de atenção em mais essa, sua, obra-filha. Obra-filha
essa que não lhe pertence mais, Iracema
dos Cordéis, pois a partir
de agora... Esta Valsa é
Nossa !!!
Cecél Garcia
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